Vinícola brasileira terá toda a linha de produtos elaborados com leveduras autóctones
Precursora deste movimento, Manus é a primeira no Brasil a utilizar leveduras nativas selecionadas em toda sua linha comercial de vinhos e espumantes
Responsáveis por transformar suco de uva em vinho, as leveduras são um elemento importante no processo de elaboração da bebida e são as protagonistas de dois rótulos que a gaúcha Manus acaba de lançar.
Os novos Manus Virgo Chardonnay 2024 e Manus Virgo Pinot Noir 2024 foram produzidos com leveduras autóctones, tornando a Manus a primeira vinícola no Brasil a catalogar e isolar as leveduras selvagens de seu vinhedo e utilizá-las na elaboração de toda a sua linha comercial de vinhos e espumantes.
A partir da safra 2024, que começa a chegar ao mercado com estes lançamentos, todos os produtos da marca serão elaborados com leveduras autóctones de seu vinhedo.
Em contraponto às leveduras comerciais, geralmente importadas e utilizadas para garantir uma fermentação mais previsível e controlada, as leveduras selvagens são aquelas que ocorrem naturalmente em determinada região, agregando tipicidade, qualidade, diferenciação e valor ao vinho.
Normalmente presentes nas cascas das uvas e no ambiente da vinícola, elas são únicas em cada vinhedo e têm o potencial de criar vinhos com características regionais distintas e maior complexidade aromática.
A seleção das leveduras autóctones é um processo rigido e cuidadoso, que tem como objetivo identificar e isolar as leveduras com maior potecial enológico, que expressam de modo mais autêntico o seu local de origem e valorizam o “efeito terroir”.
“São leveduras já adaptadas ao ecossistema do vinhedo. Nesses dois primeiros vinhos da safra 2024 que estamos lançando, o Virgo Chardonnay e o Virgo Pinot Noir, será possível apreciar a essência de cada parcela no nosso vinhedo, resultado do conjunto de solo, clima, geografia e microbiologia do nosso território”, explica Gustavo Bertolini, vinhateiro da Manus.
Ele se refere às parcelas específicas da Vinhedos da Quinta, onde a Manus realiza uma pesquisa pioneira com a Embrapa Uva e Vinho que, além da seleção de leveduras autóctones, envolve um estudo detalhado do solo e manejo sustentável do vinhedo, que possibilitam atuações estratégicas para obter a máxima expressão de cada parcela do vinhedo.
A parceria entre Manus, Embrapa e Vinhedos da Quinta resultou, até agora, no isolamento de 50 linhagens de leveduras identificadas geneticamente e caracterizadas quanto ao seu potencial enológico, como tolerância ao álcool no vinho, baixa produção de compostos indesejáveis e produção de Beta Glucosidase, uma enzima que contribui para a complexidade aromática.
“O trabalho de seleção e estudo das leveduras autóctones garante o sucesso das fermentações, e promove qualidade, tipicidade e regionalidade aos vinhos. Um trabalho alinhado à filosofia da marca: ‘Vinhos escritos por homens nas linhas da vinha’. Nosso vinho é reflexo do que fazemos no vinhedo, ali está o nosso alicerce”, resume Gustavo.
Límpido e brilhante, com coloração rubi, o Virgo Pinot Noir 2024 encanta com suas notas de frutas vermelhas, taninos firmes e excelente acidez. No paladar é persistente, equilibrado, perfeito para acompanhar vegetais assados, cogumelos, massas com molho vermelho, risotos, pizzas e queijos.
O Virgo Chardonnay 2024 traz aromas intensos de frutas tropicais, excelente persistência e incrível acidez. Harmoniza com frutos do mar, peixes, cozinha oriental, queijos, carnes brancas com ervas aromáticas e massas de molhos cremosos.
Além da linha Virgo Manus, da qual fazem parte os dois novos vinhos e que é composta por rótulos que preservam a originalidade das uvas e do território qua as origina, o portfólio da vinícola também conta com as linhas Manus Clássica, que traz as castas mais emblématicas dos vinhedos produzidas nas melhores parcelas mapeadas e catalogadas, e a Liberum Manus, linha autoral que busca experimentar o potencial e a diversidade de uvas e terroir.
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